sexta-feira, 22 de março de 2013

Ninguém quer ver Anderson Silva x Cung Le

Anderson Silva é uma figura emblemática... Desde que chegou ao UFC, fez o que ninguém antes conseguiu e continua surpreendendo. Suas qualidades são incontáveis: boxeador eficiente, um excelente entertainer, protagonista de batalhas ferozes e massacres brutais dentro do octógono, Anderson Silva está um nível acima dos lutadores de MMA atuais.

Todos esses elogios valeriam se Anderson não insultasse seus fãs buscando lutas fáceis contra Cung Le ou Michael Bisping, ou estivesse interessado em uma ultima luta contra Rich Franklin.

Queremos ver Anderson Silva em embates épicos contra Jon Jones, Vitor Belfort e quem sabe até Georges St Pierre, Chris Weidman e Nick Diaz! Apesar de estranho, incluo Nick Diaz na lista dos combates épicos, pois Nick sei que Nick Diaz não fugiria da pancadaria contra o Spider.

Infelizmente faltam talentos no UFC para fazer frente ao poder de Anderson Silva e isto não é culpa dele, mas se ele realmente quiser gravar seu nome junto ao de lendas do esporte, como Fedor Emelianenko, ele terá que deixar de lado o Show do Anderson, protagonizando Anderson Silva x Galinha morta e buscar lutas que realmente demonstrem porque ele é o melhor e mais completo lutador de MMA da atualidade.

Lyoto não quer ficar parado por seis meses

Que Lyoto Machida encontrou seu lugar ao sol, depois de vencer Dan Henderson, sim, ele encontrou. Finalmente conseguirá sua aguardada revanche contra Jon Jones.

Agora ele afirmar que não quer ficar parado por seis meses, em minha humilde opinião, é um grande erro... Lyoto tem a chance de destrinchar cada detalhe do complicado jogo não-ortodoxo que Jon Jones faz. Tem a chance de buscar grandes Wrestlers para apurar ainda mais sua defesa de quedas. Pode buscar os melhores strikers para apurar ainda mais seu jogo de contra-ataque, que demonstrou estar mais preciso que raio laser em sua luta contra Ryan Bader.

Lyoto deveria utilizar este período para apurar e por quê não modificar seu jogo, para evitar uma luta monótona contra o atual campeão. Lyoto necessita impor um jogo mais agressivo contra seus adversários, pois, caso seja campeão, poderá ser acusado injustamente de ser um aprendiz de Georges St. Pierre. Apesar de querido por muitos fãs, existe uma legião que o acusa injustamente de realizar lutas chatas, de passar toda a luta fugindo e de jogar com o regulamento embaixo do braço.

Uma coisa é certa, ele não é o maior campeão dos pay-per-views e se o faturamento cair, o patrão fará o possível para derrubá-lo. Lyoto precisa fazer frente a Jon Jones, que está evoluindo com uma rapidez tremenda, mas não deve se esquecer de adversários como Mauricio Shogun. Em minha opinião, o único que chegou a exercer domínio sobre o karateca. Lyoto deveria estar ligado no TUF, buscando conhecer melhor seu adversário. Lyoto deve assistir a luta entre Jones e Chael Sonnen.

Ou seja: Lyoto, ao invés de pensar em faturar uma bolsa em uma luta, poderia pensar a longo prazo e deveria buscar eliminar suas deficiências, que já são poucas. Nesta categoria dos meio-pesados, neste momento, ele é o único que pode bater o campeão. Mas sem uma minuciosa preparação, isto não vai acontecer...

Cigano é melhor que Velasquez

As vezes é melhor dar um passo para trás para dar dez para a frente.

Junior Cigano vinha dominando a divisão dos pesados, até que foi totalmente dominado Cain Velasquez. Neste ultimo encontro, cigano perdeu seu cinturão.

O que todos viram foi óbvio. Cigano nem precisava falar que ele não estava lá pois todos nós vimos isso! Um detalhe que poucos viram é que apesar de Cigano ter sido dominado durante os cinco rounds da luta, foi derrubado somente quando ele deixou que isto acontecesse, e mesmo assim, ele batia no chão e levantava novamente.

Cigano passou cinco rounds sendo socado pela mão poderosa de Cain Velasquez, mas isto não foi suficiente para nocauteá-lo.

Cigano é melhor que Velasquez. O nêmesis de Cigano não agüentaria a pungência de Cigano um round sequer. Como não agüentou no primeiro encontro entre os dois.

Cain é um lutador que está em evolução constante, e Cigano tem tudo para retomar a cinta no terceiro encontro entre eles. Mas Cain, inteligente como é, deve ter visto que não é páreo para Cigano, com a cabeça no lugar.

E neste terceiro encontro, é certo que ele virá com uma estratégia diferente.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Análise UFC Johnson vs Dodson



A categoria dos moscas é uma categoria relativamente nova no UFC, então ainda goza de pouco prestígio junto aos fãs de MMA. Nada contra Demetrious Johnson ou John Dodson, que travaram uma bela batalha de cinco rounds, mas eu acho que esta luta tem o calibre de co-main event.

Glover Teixeira vs Quinton "Rampage" Jackson

Glover Teixeira chegou a pouco tempo no UFC e já mostra a que veio. Com apenas três lutas, já mostra que em breve vai brigar pelo cinturão. Em sua primeira luta, Glover nem tomou conhecimento de Kyle Kingsbury. No Brasil, lutaria contra Rampage, mas eis que ele se lesionou. Fabio Maldonado pediu para lutar contra Glover e teve seu pedido atendido. Só não esperava sofrer um espancamento tão brutal do seu adversário. A luta teve que ser encerrada no final do segundo round. Glover mostrou que além de um jiu-jitsu extremamente fluido, tem um boxe de primeira.

Após recuperar-se de sua lesão, Rampage insistiu que queria lutar com Glover e conseguiu. A luta entre os dois estava marcada e não havia mais para onde correr. Na coletiva de imprensa e na pesagem, Rampage provocava Glover, buscando intimidá-lo. Glover não entrou na pilha e manteve uma tranqüilidade digna de um monge.

Durante a batalha, em uma luta que deveria ter cinco rounds, Glover mostrou porque deve figurar entre os melhores. Controlou Rampage em pé, controlou-o também no solo e dominou completamente a luta. Rampage veio com apenas uma estratégia: manter-se em pé e acertar um swing salvador que nocautearia Glover. Rampage não conseguiu acertar este soco salvador e não conseguiu sequer manter-se em pé, pois na metade do segundo round, seu gás já tinha ido embora. A partir daí, Glover mostrou que tinha melhor preparo físico e nem tomou conhecimento de Rampage.

Rampage, magoadinho com o UFC, vai embora, enquanto Glover segue sua trilha rumo ao cinturão. Uma luta que fará todo sentido, em breve, seria Glover Teixeira x Dan Henderson. Vamos aguardar!

Anthony Pettis vs Donald Cerrone

Donald Cerrone figurou entre os top 5 dos leves, até perder a chance de disputar o cinturão para o boyzinho Nate Diaz. Nate até tenta se parecer com seu irmão Nick, mas entre os dois existe um habismo de técnica e garra. Nate deveria se preocupar em treinar mais do que em ficar fazendo pose de bad boy.

Donald Cerrone é um bom lutador, ele não é ruim. E pode até estar entre os 10 melhores da categoria dos leves, mas sempre que ele enfrenta um lutador de alto nível, ele perde. Não poderia ser diferente contra Anthony Pettis.

Anthony Pettis, saiu do WEC campeão, quando levou para casa o título que antes pertencia a Ben Henderson. Foi naquela luta que surgiu aquela voadora incrível, no melhor estilo Van Damme. Foi um fechamento com chave de ouro de um dos eventos mais emocionantes de MMA que já existiram. Na absorção do WEC pelo UFC, foi escalado para enfrentar um dos lutadores mais amarrões da categoria, o famigerado Clay Guida. Clay Guida é um expert em frustrar seus adversários, não por causa de suas habilidades mas por utilizar estratégias que enfatizam a fuga ao invés do combate. Não é à toa Dana White ter tanta raiva de Greg Jackson, seu treinador. E assim foi a vitória de Guida sobre Pettis. Em seguida, enfrentou o mediano Jeremy Stephens para obter uma vitória apagada, na decisão dividida. Enquanto isso, Ben Henderson iniciava sua escalada rumo ao cinturão dos médios. Pettis merecia um adversário melhor que Guida para recebê-lo no UFC. Nem sempre o esporte é justo com seus atletas. Felizmente, Pettis retomou o caminho das vitórias.

Pois que a luta teve um início morno, com ambos os lutadores buscando encontrar suas distâncias. Golpe daqui, golpe dali e de repente, Pettis tira de sua cartola um chute diferente! Não acertou Cerrone, mas certamente demonstrou que naquele dia ele estava inspirado. Mais um minuto e Pettis acertou na costela de Cerrone um belo chute que o levou ao solo. Aí foi só ir pra cima para terminar a luta. Uma vitória tranqüila e mais um passo em direção ao cinturão.

Esta vitória valeria a Anthony Pettis o direito de desafiar Ben Henderson pelo título dos leves, mas Pettis parece querer enfrentar José Aldo pelo título dos penas. Uma luta interessante de se ver. Mas bem que Pettis poderia enfrentar Ben Henderson novamente, e então fazermos uma super-luta entre José Aldo e o vencedor desta peleja.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Análise UFC SP - Belfort vs Bisping

Para um evento de poucas estrelas e de ingressos salgado, este UFC até que surpreendeu. Para quem esperava lutas chatas e sem emoção, até que o evento foi bem agitado!

Não esperava muita coisa de uma luta entre o Vitor Belfort e Michael Bisping. O brasileiro, apesar de ser bom lutador, consegue desanimar até festa de criança no McDonalds com suas declarações.

Bisping começou a provocar, e Belfort o chamou de hooligan. Quando perguntado, disse que na verdade, hooligan era um elogio, porque o inglês era raçudo, bom de briga! Pára, né! Não há como hooligan ser um elogio! Vitor muitas vezes, buscando pagar de bom moço, lutador brilhante e de brother do UFC e do patrão Dana White, perde a oportunidade de ficar calado.

Desde os primórdios das artes marciais, a provocação, os xingamentos são uma forma de provocar os adversários. E vamos falar sério. Chamar Michael Bisping de hooligan (e depois retificar o dito) foi pior que chamá-lo de bobão.

Michael no entanto não parou. Disse que Vitor não tinha gás, que não aguentaria até o terceiro round. Que Belfort seria um saco de pancadas ambulante. Bisping certamente sabia da pouca atratividade deste combate e começou o jogo de palavras para botar lenha na fogueira. O problema é que ele esqueceu a hora de parar. Falou que Belfort, que já não respondia mais às provocações, tinha pernas de gazela, provocou-o na coletiva de imprensa, deu uma de nervosinho na hora da encarada, chamou Vitor para encará-lo de perto após a pesagem. Tenho a impressão de que isto deixou Vitor mordido, mas ao mesmo tempo receoso. Será que Bisping realmente o faria de saco de pancadas?

No combate, ambos iniciaram cuidadosos, buscando estudar-se e timidamente soltaram alguns golpes. Bisping estava acertando golpes melhores. Belfort soltou alguns golpes tímidos, mas com pouca efetividade. O round terminou, com o que considero um empate.

O fato é que Bisping é um lutador que está sempre próximo às cabeças, mas ele não possui pungência para vencer seus limites. Habilidoso na luta, lhe falta potência em seus golpes. Bisping é o famoso "mãozinha de algodão", que bate, bate, mas não nocauteia.

Toda vez que Bisping luta com um lutador de elite, apanha. Basta nos lembrarmos do nocaute destruidor que sofreu de Dan Henderson, um dos nocautes mais brutais da história do UFC. Não seria diferente esta luta. Vitor, apesar de piegas, é um lutador de elite. Nocauteador, rápido, dono de um boxe apurado, dono de um jiu-jitsu eficiente e de uma boa defesa de quedas.

Em um raro momento de consciência, Bisping elogiou o boxe de Belfort e disse que o boxe de Belfort era sua única arma. Se enganou.

No início do segundo round, após trocarem alguns golpes tímidos, Belfort conseguiu sangrar o nariz de Bisping com um soco. Passados mais alguns segundos, aquela bela canelada na fonte e mais alguns socos foram suficientes para arrebatar o inglês bom de garganta do mundo da fantasia para o mundo real.

Belfort surpreendeu. Talvez nem seus treinadores achassem que ele ganharia aquela luta com um chute. Mas como eu disse: Belfort é um lutador de elite e ainda está evoluindo em seu jogo. As derrotas para Anderson Silva e Jon Jones certamente foram duas grandes aulas para o "Fenômeno". Outro lampejo de brilhantismo assim, visto, foi em sua luta no UFC 43 contra Marvin Eastman, com o cabelo desgrenhado e feição de maluco, Belfort despachou Eastman com uma saraivada de joelhadas. Talvez este moicano tenha lhe feito bem.

Em minha opinião, este foi o maior serviço que Belfort prestou ao MMA e ao UFC. Permitir que Bisping duelasse com Anderson Silva seria um crime. Anderson já provou o que tinha que provar e não vai se importar de enfrentar 6 ou 7 galinhas mortas para terminar seu reinado invicto no UFC. Ainda mais falando-se do apelo que haveria junto aos torcedores ingleses e europeus esta disputa e os rolos de dinheiro que iriam direto para o bolso do aranha. Anderson Silva não quer só vencer. Ele quer vencer e lucrar. Não me importo se o Aranha lucrar 1 bilhão por luta, mas queremos vê-lo lutar com os melhores.

Apesar de não querer Anderson Silva neste momento, Belfort despachou Bisping para o fundo da fila, prestando um serviço aos fãs de boas lutas.

Acredito que em breve, veremos Vitor Belfort x Chael Sonnen, assim que Jon Jones fizer o falastrão engolir seus próprios dentes.

Obrigado, Belfort, por dificultar a vida de Anderson Silva, mesmo que indiretamente.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Análise - Junior Cigano x Cain Velasquez



Difícil definir o sentimento após o final desta luta.
No primeiro minuto, era claro quem brilharia ao final e quem restaria desacordado sobre o octógono. Ah! Como tudo poderia se resumir àquele minuto! Mas esse precioso minuto passou e o desfecho mudou completamente. Os 24 minutos restantes desta batalha foram agoniantes!
Na verdade, foram duas batalhas. De um lado, Cain Velasquez, batalhando para impor sua vontade e tombar o campeão aos seus pés, e do outro lado, um campeão batalhando para não tombar aos pés do seu desafiante.
No primeiro minuto, Cigano mostrou que não estava para ser quedado e Velasquez mostrou que faria de tudo para levar o campeão para o chão. Foram quatro ou cinco quedas totalmente frustradas por Cigano, um Velasquez frustrado começava a aparecer, mas eis que o campeão foi embora, pelo menos em espírito, daquele octógono.
Junior Cigano é o melhor e mais potente boxeador do MMA mundial. Cigano poderia ser campeão de eventos como o K1 sem desferir um chute ou uma joelhada sequer.
Dono de socos velozes, dotados de precisão cirúrgica e uma patada que poderia derrubar um rinoceronte, o campeão simplesmente deixou de lado todas as ferramentas que possuía para liquidar aquela fatura. Ao final, falou que lhe faltou estratégia. Que estratégia? A estratégia de Junior Cigano é uma só: manter-se em pé para desmantelar seu oponente! Foi assim que ele chegou ao topo e era assim que ele deveria se manter nele!
Ouvi ainda que a estratégia do desafiante era muito boa. Mas quem não sabia que Cain Velasquez não utilizaria aquela estratégia? Era óbvio que o Velasquez tentaria levar Cigano para o chão e buscaria encurtar a distância, buscando impedir que o campeão soltasse a mão!
Cigano que me desculpe, mas o destino daquela luta estava traçado! Ao final, Cain Velasquez deveria restar dormindo com os olhos arregalados, no chão enquanto Cigano teria seu braço erguido! Mas algo aconteceu e a vontade de vencer fugiu do campeão, sendo substituida por uma dolorida vontade de não ser nocauteado.

Cain venceu aquela luta, não porque é melhor que Cigano, mas porque aquele que vimos lutar aquele dia, não foi o Junior Cigano. O Junior Cigano que conhecemos tem o Olho de Tigre, diferente daquele lutador que se apequenou diante do seu adversário; o Junior Cigano que conhecemos bate, e não apanha; o Junior Cigano que conhecemos nocauteia, e não luta para não ser nocauteado.
O que parecia impossível aconteceu e Cain venceu Cigano dentro do seu próprio jogo. Foi surrado durante 5 rounds sem esboçar uma reação. Diante disto, vi que Cain não é metade do lutador que Junior Cigano é. Cigano aguentou um castigo que ser humano nenhum aguentaria, durante 25 minutos. No primeiro encontro entre os dois, o castigo mal começou e Velasquez sucumbiu.

Acredito que Cigano reencontrará seu caminho até o dia em que ele se encontrará com seu algoz pela terceira vez. Uma vitória pode ensinar muita coisa, mas uma derrota pode ensinar ainda mais. Quando isto acontecer, espero que ele tenha reencontrado a garra que lhe fugiu no dia 29. Se isto acontecer, veremos Velasquez dormindo de olhos arregalados e Cigano levantando o cinturão novamente!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Quem poderá vencer Jon Jones?

Há cerca de 10 meses, elaborei uma análise chamada "A Saída para Shogun", que à época estava prestes a realizar sua primeira defesa de cinturão, contra a estrela em ascenção á época, Jon Bones Jones.

Nesta análise, exaltei todas as qualidades do atual campeão e classifiquei como difícil a possibilidade do desafiante vencer o campeão.

Semanas depois, analisei a amarga derrota sofrida por Shogun para o novo "mais jovem campeão do UFC". Apesar de ter presenciado um Shogun com pouco preparo físico e pouca raça para ganhar, mantive-me cético sobre o reinado do novo campeão.

Enquanto muitos àquela época já diziam que Jones era o futuro, achei que seria precipitado demais validar tal informação com tal grau de certeza. Preferi me calar para ver o que aconteceria em seguida.

Poucos meses depois, após muitas provocações, Jon Jones entrou na jaula para lutar com o hesitante Quinton Jackson e o venceu com uma bela finalização. Pensei: "ah, mas o Quinton Jackson não é um top 5 da categoria! Quero ver o Bones vencer alguém mais qualificado!"

Tive meus desejos atendidos quando li em meu twitter que Bones enfrentaria Lyoto Machida. Pensei: "agora sim, veremos do que ele é capaz!".

No primeiro round da luta, Jon Jones encontrou dificuldades para encontrar Lyoto no octógono. Recebeu golpes contundentes e chegou a sentir um deles. Certamente aquele round para ele teve um gosto amargo.

No segundo round, Jones conseguiu quebrar a confiança de Lyoto Machida desferindo-lhe uma violenta cotovelada, que abriu-lhe um belo talho em sua testa. Com isso, o caminho para sua vitória começava a ser pavimentado. Eis que ao final do segundo round, Bones conseguiu apagar Lyoto Machida com um belíssimo triângulo de mão invertido, em pé! Manobra tão inusitada que nem o experiente "Big" John McCarty parou a luta a tempo e Lyoto caiu desacordado no chão enquanto o campeão celebrava sua vitória.

Apesar da vitória contundente, aquela luta serviu para desmistificar a aura de invencibilidade que paira sobre o campeão. Jon Jones é um garoto e certamente faltam-lhe qualidades que somente a experiência poderá lhe conferir. Quantos jogos de futebol de solteiros contra casados são vencidos pelo time dos casados?

Recentemente, Jones pediu para fazer uma luta nos pesados, ao final de 2012, o que foi negado pelo patrão Dana White. O patrão sabe que a ansiedade do garoto poderá derrotá-lo.

Jones tem carisma, sabe lidar com o público, utiliza as câmeras a seu favor, teria muito sucesso apresentando shows na TV.


Certamente o lutador que vencerá Jon Jones será aquele que conseguirá expor as deficiências que Jon Jones possui, que não são falta de gás, talento ou inteligência, mas sua curta experiência no mundo das lutas e do showbiz.

Neste momento, vislumbro poucos lutadores com a capacidade de vencer Jon Jones, dentre eles, Rashad Evans, Phil Davis, Quinton Jackson estão longe de sê-lo. Lyoto Machida ainda me soa bem, junto de Dan Henderson e do velho Shogun (aquele velho Shogun que venceu Machida e que desmantelou Overeem duas vezes, Quinton Jackson e cia) .

Mas como o nome deste blog é mmadivinho, francamente acho que Jon Jones ruirá sobre sua grandeza e possivelmente em 2012 ou 2013 será derrotado por um lutador mediano.